RITOS INICIAIS
Reunido o povo, o presidente e os ministros encaminham-se para o altar enquanto se executa o CÂNTICO DE ENTRADA.
Ao chegar ao altar, o presidente, feita a devida reverência juntamente com os ministros, beija o altar e, conforme as circunstâncias, incensa-o.
Presidente e fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o presidente diz:
Deus Vinde em nosso Auxílio
R. Senhor socorrei-nos e Salvai-nos.
Aqui, alguém destipulado à leitura, vai ao ambao e diz:
Nós, comunidade aqui reunida, somos chamados a ser testemunhas e anunciadores de Jesus Cristo. Para isso, temos que conhecer bem o Deus de Jesus Cristo, experimentar a Sua salvação, responder ao Seu chamamento e anunciar o Seu Evangelho. Para isso precisamos de oração: viver escutando a Palavra de Deus deixando-a penetrar em nossos corações e modelar a nossa vida à de Cristo para O podermos oferecer aos outros.
Aqui, entoam-se alguns cânticos apropriados.
Após terminar os cânticos, o presidente da Celebração diz:
Oremos.
E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.
Deus todo-poderoso e eterno, dirigi a nossa vida segundo a vossa vontade, para que mereçamos produzir abundantes frutos de boas obras, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho. Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos
R. Amen.
LITURGIA DA PALAVRA
Conforme os costumes locais, no início da liturgia da palavra, antes da primeira leitura, pode entronizar-se solenemente a palavra de Deus. Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a primeira leitura, que todos escutam sentados. Então, o narrador, vai ao ambão e diz:
"Na Galileia dos gentios o povo viu uma grande luz"
No Evangelho deste dia, cita-se esta passagem de Isaías que hoje serve de primeira leitura. Refere-se ela à Galileia, terra de Zabulão e de Neftali, a província mais ao norte de Israel. O profeta anuncia-lhe hoje melhores dias, depois do tempo de exílio. As trevas do momento presente transformar-se-ão em luz e a alegria reinará de novo depois da humilhação. A profecia terá um dia a sua realização perfeita, quando Jesus por aí começar o seu ministério público, como o Evangelho de hoje irá proclamar.
Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a PRIMEIRA LEITURA, que todos escutam sentados.
Leitura do Livro de Isaías
Assim como no tempo passado foi humilhada a terra de Zabulão e de Neftali, também no futuro será coberto de glória o caminho do mar, o Além do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz se levantou. Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos. Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor.
No fim da leitura, o leitor aclama: Palavra do Senhor.
Todos respondem: Graças a Deus.
O salmista canta ou recita o SALMO, ao qual o povo responde com o refrão.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é minha luz e salvação. Repete-se
1. O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo? Rf.
2. Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor
todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Rf.
3. Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Rf.
Após terminar o salmo, o presidente da Celebração diz:
Oremos.
E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.
Deus criador, ensina-nos a contemplar-te na beleza do Universo, onde tudo nos fala de ti. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
Denovo, o narrador vai ao ambão e diz:
«Falai todos a mesma linguagem e não haja divisões»
O Apóstolo insurge-se contra as divisões que separam os membros da Igreja de Corinto, divisões que, no caso concreto, assentam até em partidarismos religiosos. E apela para as razões profundas da unidade dos cristãos: Cristo, crucificado por todos; e só Ele e mais ninguém. Os mensageiros do Evangelho são apenas instrumentos d’Ele junto dos irmãos.
Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a SEGUNDA LEITURA, que todos escutam sentados.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Rogo-vos, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma linguagem e que não haja divisões entre vós, permanecendo bem unidos, no mesmo pensar e no mesmo agir. Eu soube, meus irmãos, pela gente de Cloé, que há divisões entre vós, que há entre vós quem diga: «Eu sou de Paulo», «eu de Apolo», «eu de Pedro», «eu de Cristo». Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Foi em nome de Paulo que recebestes o Baptismo? Na verdade, Cristo não me enviou para baptizar, mas para anunciar o Evangelho; não, porém, com sabedoria de palavras, a fim de não desvirtuar a cruz de Cristo.
No fim da leitura, o leitor aclama: Palavra do Senhor.
Todos respondem: Graças a Deus.
O salmista canta ou recita o SALMO, ao qual o povo responde com o refrão.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.67.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta, ergue-Se Deus, o Senhor.
1. Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Rf.
2. Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Rf.
3. Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado. Rf.
Após terminar o salmo, o presidente da Celebração diz:
Oremos.
E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.
Deus do amor, rezamos por todos aqueles que sofrem por causa dos fogos, das enchentes, de terremotos ou de tempestades. Que possam manter a esperança, apesar das dificuldades. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
Denovo, o narrador vai ao ambão e diz:
«Foi para Cafarnaum, a fim de se cumprir o que anunciara o profeta Isaías»
A Galileia vai ser o campo da primeira parte do ministério público de Jesus. É então que essa província há-de presenciar a “grande luz” de que falava a primeira leitura. Ele é a luz; foi assim mesmo que um dia Jesus Se apresentou. E essa luz começou a iluminar, quando Jesus começou a pregar e a chamar os primeiros discípulos. Essa sua luz nunca mais se extinguirá: hoje ainda, e até ao fim, Ele continua a anunciar o reino de Deus e a chamar para ele todos os homens. Assim, a Galileia dos pagãos chegará a tornar-se, um dia, na Galileia da Ressurreição: “Lá Me vereis”, dirá o Senhor ressuscitado.
De pé, recebamos e acolhamos o Santo Evangelho.
Segue-se o Aleluia ou outro cântico, requerido pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico.
Entretanto, o sacerdote impõe incenso, sendo usado, no turíbulo. Em seguida, o diácono que tiver de proclamar o Evangelho, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa, dizendo:
A vossa bênção.
O sacerdote, em voz baixa, diz:
O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios, para anunciares dignamente o seu Evangelho: Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono benze-se e responde: Amen.
Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, diz em silêncio:
Deus todo-poderoso, purificai o meu coração e os meus lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.
A seguir, o diácono ou o sacerdote, dirige-se para o ambão, acompanhado dos acólitos que podem levar o incenso e os círios, e diz:
O Senhor esteja convosco.
O povo responde: Ele está no meio de nós.
O diácono ou o sacerdote diz:
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Ao mesmo tempo faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e o mesmo fazem todos os demais.
O povo aclama: Glória a Vós, Senhor.
A seguir, quando se usar o incenso, o diácono ou o sacerdote incensa o livro e proclama o Evangelho.
Quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.
Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote aclama: Palavra da salvação.
O povo responde: Glória a Vós, Senhor.
Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio:
Por este santo Evangelho, perdoai-nos, Senhor.
EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Aqui, enquanto se entoa o Meu Deus eu Creio, o Santíssimo Sacramento é exposto. Estando exposto, de joelhos incensa-se o mesmo.
Em seguida, alguém destinado diz:
Jesus Cristo é a Luz dos Homens, luz verdadeira que brilha nas trevas, que ao vir ao mundo todo o homem ilumina. Na luz da sua Morte e Ressurreição, a humanidade envolvida nas trevas da morte e do pecado, encontram o caminho da vida eterna, descobre a verdade do amor que a envolve, saboreia uma vida plena. Iluminados pela luz de Cristo Glorioso, volta a brilhar em nós a esperança de uma nova criação, na qual já estamos inseridos pelo batismo, enquanto caminhamos neste mundo, chamados a erradiar a luz que nos levanta das trevas da nossa fragilidade. O Imaculado Coração de Maria é um acontecimento de luz, onde a fragilidade dos Pastorinhos, iluminada por Deus, se torna luz. Onde a fragilidade dos que ocorrem a ela, continua a ser tocada pelo brilho da Misericórdia, da Ternura e do Conforto Divino. Imaculado Coração de Maria é lugar de luz. Desde a luz do anjo àquela luz tão intensa que Maria, a treze de Maio, comunicou aos Pastorinhos e os penetrou no peito e no mais íntimo da alma, em que eles se viram em si mesmos, em Deus, que era essa luz. Esta luz que nos invoca é o Círio Pascal, luz de Cristo, luz de Deus. Luz que Maria, a Senhora mais brilhante que o sol, erradia e comunica com a qual nos quer iluminar no caminho, que nos liberta das trevas do pecado. Luz que acolhemos no Batismo, nos levantou e nos levanta constantemente das nossas fragilidades, para fazer de nós, homens novos, libertos do pecado, e que continua a crer iluminar através de nós, as Trevas deste Mundo. Luz, simbolicamente que temos conosco, na força e na fragilidade de uma pequena chama, na vela acesa a partir do Círio Pascal.
Aqui, entoa-se o cântico "Lumen Christi Amen!" enquanto são acesas as velas do altar e dos Ícones.
Depois, segue-se a homilia, que deve ser feita pelo sacerdote ou pelo diácono, todos os domingos e festas de preceito e recomendada nos outros dias.
Terminada a Homilia, faz-se um pouco de silêncio.
Aqui, inicia-se a Oração a Maria.
"Cada um de nos é chamado a fazer algo..."
Pensar em Maria é ter presente uma Mãe que se entrega livremente ao plano de Deus sem receio. Todos nós, como batizados, somos chamados a dar testemunho e a evangelizar. Dar testemunho da nossa fé corresponde a não nos determos perante as adversidades, a falta de tempo, a preguiça e até a vergonha. Todos nós somos chamados a dizer o sim de Maria com convicção e em cada ambiente que frequentamos: na família, construindo uma pequena igreja doméstica, na escola, na comunidade, assumindo uma missão específica. De variadas formas podemos ser fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os caminhos. Como tem sido a minha entrega nesta missão? Digo com facilidade: "Sim, aqui estou"? Assumo as tarefas a que sou chamado com disponibilidade e sem desculpas?
Dinâmica: Pensemos agora naquilo a que somos chamados a concretizar e acenda-mos a primeira vela representando uma das várias vezes em que nos sentimos chamados a fazer algo, que que fomos convidados a dizer "sim" como Maria.
Rezemos por todos os que ainda não encontraram a sua vocação para que se encontrem e consigam ter a coragem de seguir o seu caminho a que Deus os chama
Aqui rezam uma Ave Maria.
Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:
"Porque não faço aquilo que sei que devo fazer..."
Existem muitas obstáculos que nos impedem de caminhar. Sabemos qual a missão, mas, no momento de darmos o passo, algo nos paralisa. Maria também receou, e na pergunta que faz ao anjo coloca toda a sua dúvida. Quantas vezes na minha vida também me questiono? "Como será isso? Como ultrapassarei esta doença? Como vou passar naquele exame? Como terei tempo para acolher aquele amigo que precisa de mim? O medo e a dúvida paralisam-nos. No mapa da nossa vida, teimamos em não percorrer a estrada que nos conduz ao bem e que nos faz semear o amor. Nesta noite Maria, confio-te os meus receios, hesitações e dúvidas. Sei que Tu sabes quais são.
Dinâmica: Acenda-mos a segunda vela representando o principal motivo de não nos sentirmos capazes de cumprir com o que somos chamados a fazer.
Rezemos para que não nos deixemos levar pelo medo e para que consigamos sempre superar os obstáculos.
Aqui rezam uma Ave Maria.
Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:
"Como Deus nos dá força para continuar..."
Constantemente nos deparamos com este medo de continuar, mas ainda assim não devemos perder a esperança, devemos seguir o exemplo de maria e ter fé. A fé é o fundamento da esperança e uma certeza a respeito do que não se vê. O anjo Gabriel relembra Maria de que quando se entrega a vida a Deus, não há razão para temor, pois para Deus nada é impossível. Ao aperceber-se disto Maria sente-se pronta a aceitar o desafio que lhe é proposto deixando para trás as suas inseguranças e demonstrando uma fé inabalável. Ela compreende que o segredo da vida está para além de nós. Acreditando que não há impossíveis e acreditando que Deus nos protege, ficamos fortes e corajosos, como Maria. Peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a ter fé e a ultrapassar os nossos medos e tudo aquilo que nos impede de seguir pelo caminho que Deus tem para nós.
Dinâmica: Quantas vezes sentimos este empurrão de Deus? Aproveitemos este momento para pensar em todas as vezes que nos sentimos encorajados por Deus (por ação de Deus) e acenda-mos a terceira vela representando a que mais nos marcou.
Rezemos para agradecer esta força, a do Espírito Santo, que se faz sempre presente na nossa vida, como na vida de Maria, para que nos ajude a continuar a partir ao encontro.
Aqui rezam uma Ave Maria.
Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:
"Dizer sim, como Maria"
Maria foi sempre contra a corrente, nunca desanimou, ouviu muitas vezes "não tenhas medo", por parte do Anjo, da sua prima Isabel, de José, e depois do próprio Jesus. No entanto, estas palavras normalmente, estavam acompanhadas por uma promessa de confiança do estilo "porque Eu estou contigo" ou "o Senhor está contigo"! Assim Maria confiou plenamente e deu o seu sim radical a Deus.
Quem ensinaria Jesus a fazer a vontade do Pai? Só poderia ter sido Maria. Maria e José, a humilde família de Nazaré ensinaram tudo a Jesus, inclusive a procurar Deus desde uma sensibilidade particular para descobrir qual era o projeto do Pai. Deus tem um projeto pessoal e intransferível para cada pessoa, que pode a qualquer momento confundir os nossos planos para o futuro.
Dinâmica: Relembremos agora os momentos em que, como Maria, dissemos sim e acenda-mos a quarta vela representando o que sentimos ao fazê-lo.
Rezemos para que Deus ocupe o primeiro lugar na nossa vida e para que tenhamos força para dar força ao nosso sim.
Aqui rezam uma Ave Maria.
Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:
"Sermos servos, como Maria..."
Maria, aquela que é "cheia de graça", escolhida para ser a Mãe de Jesus, Nosso Senhor, realiza uma longa viagem para ficar com Isabel e cuidar dela nos últimos dias da sua gravidez. Com este gesto de Maria somos convidados para também nos colocarmos como servos. Ser servo de Deus é uma grande dignidade, por isso Nossa Senhora convida-nos a colocarmo-nos ao serviço do Senhor e dos nossos irmãos. E tal como dizia S. Vicente Paulo: "Nunca se tem Deus como Pai, se não se tem Maria como Mãe".
Dinâmica: Como Maria pomo-nos ao serviço de Deus e da Comunidade. Acenda-mos a quinta vela representando qual a forma de nos pormos ao serviço e de nos entregar-mos como servos.
Rezemos para que sejamos capazes de nos pôr ao serviço do Pai e dos nossos irmãos para que sejamos capazes de ser servos como Maria.
Aqui rezam uma Ave Maria.
Após a Ave Maria, reza-se 3 Ave Maria:
Rezemos esta primeira Ave-Maria para que não tenhamos medo de dizer sim com confiança.
Ave-maria
Rezemos esta Ave-Maria para sejamos capazes de aceitar e cumprir com o que somos chamados.
Ave-maria
Rezemos a última Ave-maria para dar força a todos aqueles que não são capazes de dizer sim para que Maria os guie.
Ave-maria
Terminado as Ave Maria, o presidente dirige-se diante da Imagem de Fátima colocando-se de joelhos e diz:
Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.
Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamonos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs.
Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor! Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrainos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais connosco e conduzisnos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história. Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo.
Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio. Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade.
Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna. Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica: Vós, estrela do mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra; Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação; Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus; Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão; Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear; Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar; Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade; Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo.
O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.
Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história.
Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria. Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia.
Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.
Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «sois fonte viva de esperança».
Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amen.
Aqui, o presidente incensa o Ícone e mantém-se em silêncio.
Segue-se com a Salve Rainha:
Salve, Rainha, mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei.
E, depois deste desterro, nos mostrai Jesus,
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amen.
Aqui, faz-se um momento de silêncio. Após o seu momento, o presidente de pé diz:
Unidos a Cristo, pelo Espírito Santo, em comunhão com toda a Igreja, e em um só coração e numa só alma, ousamos dizer como o Senhor nos ensinou:
Juntamente com o povo, o sacerdote continua:
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Aqui, canta-se o "Tantum Ergo Sacramentum" enquanto o presidente incensa o Santíssimo Sacramento. Após terminado o cântico, inicia a Bênção.
Oremos
E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos, a não ser que já antes tenha havido silêncio.
Faz, Senhor, com que o sacramento pelo qual nos renovas encha o nosso coração com a suavidade do teu amor e nos leve a desejar as riquezas do reino dos céus. Isto Te pedimos por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen
Tendo colocado o Véu Umeral, vai até à frente do Altar, toma sobre as mãos o Santíssimo e faz a bênção. Se for oportuno, a cada 3 cruzes de bênção, um padre incensa.
REPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Após a bênção, repõe o Santíssimo e é entregue a Partícula a um outro presbitero, com véu Umeral no interior de uma teca.
O presbitero translade a teca até ao sacrário.
Enquanto isso, rezam:
Bendito seja Deus.
Bendito o seu Santo Nome.
Bendito Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito o nome de Jesus.
Bendito o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito o seu Preciosíssimo sangue.
Bendito Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.
Bendito o Espírito Santo Paráclito.
Bendita Excelsa Mãe de Deus, Maria Santíssima.
Bendita a sua Santa e Imaculada Conceição.
Bendita a sua Gloriosa Assunção.
Bendito o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito São José, seu Castíssimo Esposo.
Bendito Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.
RITOS DE CONCLUSÃO
Seguem-se, se os houver, breves avisos ao povo. Em seguida faz-se a despedida. O presidente, voltado para o povo, abrindo os braços, diz:
O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
Ele está no meio de nós.
O presidente abençoa o povo, dizendo:
Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
O povo responde:
Amen.
Em seguida, o diácono ou o próprio presidente, de mãos juntas e voltado para o povo, diz:
Bendigamos ao Senhor.
O povo responde: Graças a Deus.
Em seguida, o presidente beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita a devida reverência com os ministros, retirar-se.