BÊNÇÃO DOS ÍCONES DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2O23
RITOS INICIAIS
Se for possível, convém que a comunidade dos fiéis se dirija processionalmente da igreja ou de outro lugar apropriado para o local onde foi erigida a cruz que vai ser benzida.
Se a procissão não se puder fazer ou não parecer oportuna, os fiéis reúnem-se no próprio local onde foi erigida a cruz.
Reunida a assembleia, o celebrante saúda os fiéis, dizendo:
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós foi pregado no madeiro da cruz, esteja convosco.
ou outras palavras apropriadas, de preferência tomadas da Sagrada Escritura.
O povo responde: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
ou de outro modo apropriado.
Depois o celebrante faz uma breve alocução aos fiéis, preparando-os para a celebração e explicando o seu significado.
Poderá fazê-lo com estas palavras ou outras semelhantes:
Ao procedermos à bênção solene desta cruz peregrina, irmãos caríssimos, veneremos com fé o eterno desígnio de Deus, que fez do mistério da cruz o sinal admirável da misericórdia divina. Sempre que olhamos para a cruz, recordemos que nela se consumou o mistério de amor com que Cristo amou a sua Igreja. Cristo suprimiu com o seu sangue toda a divisão entre os homens e de todos os povos fez um só povo, o povo de Deus.
Sempre que veneramos a cruz, tomemos consciência de que somos e nos declaramos discípulos de Cristo e, tomando cada um a sua própria cruz, sigamo-l’O fiel e generosamente. Esforcemo-nos por participar atentamente nesta celebração, para que brilhe para nós o mistério da cruz com novo fulgor e possamos sentir mais eficazmente o seu poder vivificante.
Terminada a admonição, o celebrante diz:
Oremos.
Todos oram em silêncio durante algum tempo. Depois o celebrante diz:
Deus de misericórdia infinita, cujo Filho Unigénito, ao passar deste mundo para Vós, pregado no madeiro da cruz, reconciliou convosco a família humana, olhai para os vossos servos que levantaram este sinal de salvação e concedei que, protegidos pelo seu poder, tomando sobre si a sua cruz e seguindo os caminhos do Evangelho, alcancem a felicidade celeste.
Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
LEITURA DA PALAVRA DE DEUS
O leitor ou um dos presentes ou o próprio celebrante lê um ou vários textos da Sagrada Escritura, escolhido de preferência entre os que se indicam adiante ou no Leccio nário sobre o mistério da Santa Cruz, intercalando os respectivos salmos ou tempos de silêncio.
A leitura do Evangelho terá sempre o lugar principal. Podem utilizar -se também as leituras propostas no Leccionário para a Paixão do Senhor.
Leitura do Livro de Isaías
Vede como vai prosperar o meu servo: subirá, elevar-se-á, será exaltado. Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um ser humano assim se hão-de encher de assombro muitas nações e, diante dele, os reis ficarão calados, porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado e observar o que nunca tinham ouvido. Quem acreditou no que ouvimos dizer? A quem se revelou o braço do Senhor? O meu servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o nosso olhar, nem aspecto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós. Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. Mas nós víamos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado. Ele foi trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das nossas iniquidades. Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós. Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi eliminado por sentença iníqua, mas quem se preocupa com a sua sorte? Foi arrancado da terra dos vivos e ferido de morte pelos pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e um túmulo no meio de malfeitores, embora não tivesse cometido injustiça, nem se tivesse encontrado mentira na sua boca. Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento. Mas se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades. Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores.
Palavra do Senhor.
O povo responde: Graças a Deus.
Conforme as circunstâncias, pode dizer-se ou cantar-se um salmo responsorial ou outro cântico apropriado.
Salmo 21 (22), 8-9.17-18a.23-24b (R. 2a)
R. Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
Todos os que me vêem escarnecem de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça: «Confi ou no Senhor, Ele que o salve, Ele que o livre, se é seu amigo». R.
Matilhas de cães me rodearam, cercou-me um bando de malfeitores. Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, posso contar todos os meus ossos. R.
Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos, hei-de louvar-Vos no meio da assembleia. Vós que temeis o Senhor, louvai-O, glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob. R.
Segue-se o Aleluia ou outro cântico, requerido pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico.
Entretanto, o sacerdote impõe incenso, sendo usado, no turíbulo. Em seguida, o diácono que tiver de proclamar o Evangelho, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa, dizendo:
A vossa bênção.
O sacerdote, em voz baixa, diz:
O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios, para anunciares dignamente o seu Evangelho: Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono benze-se e responde: Amen.
Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, diz em silêncio:
Deus todo-poderoso, purificai o meu coração e os meus lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.
A seguir, o diácono ou o sacerdote, dirige-se para o ambão, acompanhado dos acólitos que podem levar o incenso e os círios, e diz:
O Senhor esteja convosco.
O povo responde: Ele está no meio de nós.
O diácono ou o sacerdote diz:
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Ao mesmo tempo faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e o mesmo fazem todos os demais.
O povo aclama: Glória a Vós, Senhor.
A seguir, quando se usar o incenso, o diácono ou o sacerdote incensa o livro e proclama o Evangelho.
Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote aclama: Palavra da salvação.
O povo responde: Glória a Vós, Senhor.
Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio:
Por este santo Evangelho, perdoai-nos, Senhor.
ORAÇÃO DE BÊNÇÃO
Terminada a homilia, o celebrante, de pé diante da cruz, de braços abertos, diz a oração de bênção:
Nós Vos bendizemos, Senhor, Pai santo, que, pelo vosso amor infinito, na árvore onde o homem encontrou a ruína e a morte, nos destes o remédio da salvação e da vida.
Porque, chegada a hora da sua Páscoa, Nosso Senhor Jesus Cristo, sacerdote, mestre e rei, subiu voluntariamente à árvore da cruz e converteu-a em trono da sua glória, altar do seu sacrifício e cátedra da verdade.
Ali, elevado sobre a terra, venceu o inimigo antigo e, vestido com a púrpura do seu sangue, atraiu a Si misericordiosamente todos os homens. Ali, de braços abertos, Vos ofereceu o sacrifício da sua vida e deu todo o poder salvador aos sacramentos da nova aliança.
Ali ensinou com a sua morte o que tinha anunciado com a sua palavra: o grão de trigo, quando morre, dá fruto abundante.
Concedei, Senhor, que os vossos fiéis, venerando e acompanhando este sinal salvador, alcancem os frutos da redenção que Jesus Cristo mereceu com a sua paixão; na cruz dêem morte aos seus pecados, com o poder da cruz dominem a soberba e fortaleçam a sua debilidade; na cruz encontrem consolação em suas angústias e refúgio seguro nos momentos de perigo e, protegidos pelo seu poder, percorram sãos e salvos os caminhos deste mundo, até que um dia os recebais, Pai santo, na vossa casa celeste.
Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
Então o celebrante põe incenso no turíbulo e incensa a cruz. Depois canta-se uma antifona própria.
CONCLUSÃO
Terminada a veneração da cruz, faz-se a oração universal, ou na forma habitual da celebração da Missa ou na forma aqui proposta:
Supliquemos ao nosso Redentor, que nos remiu pela sua cruz, dizendo confiadamente:
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Cristo, que, ocultando a glória da vossa condição divina, tomastes a condição de servo e aparecestes semelhante ao homem, fazei que todos os membros da Igreja imitem a vossa santa humildade.
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Cristo, que Vos humilhastes, obedecendo até à morte e morte de cruz, concedei aos vossos servos a virtude da obediência e da paciência.
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Cristo, que fostes glorificado por Deus Pai, recebendo um nome que está acima de todos os nomes, concedei aos vossos servos a perseverança no vosso santo serviço.
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Cristo, a cujo nome se dobrará todo o joelho no céu, na terra e nos abismos, atraí ao vosso coração todos os homens, para que, iluminados pela fé, Vos venerem e adorem.
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Cristo, a quem toda a língua proclamará Senhor, para glória de Deus Pai, recebei os nossos irmãos defuntos no reino da felicidade eterna.
R. Pela vossa cruz, salvai-nos, Senhor.
Depois o celebrante faz uma oportuna introdução à oração do Senhor, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Seguindo as palavras e exemplos de Cristo na sua paixão, entreguemo-nos confiadamente à vontade de Deus Pai e digamos a oração que o Senhor nos ensinou:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Em seguida o celebrante diz:
Senhor, que, na vossa infinita misericórdia, quisestes que o vosso Filho Unigénito sofresse o suplício da cruz para salvar o género humano, concedei-nos que, depois de ter conhecido na terra o mistério de Cristo, recebamos no Céu os frutos da redenção.
Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
Por fim, o celebrante abençoa o povo na forma habitual e o diácono despede a assembleia.
O Senhor esteja convosco.
O povo responde: Ele está no meio de nós.
O celebrante abençoa o povo, dizendo:
Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e + Espírito Santo.
O povo responde: Amen.
Em seguida, o diácono ou o próprio celebrante, de mãos juntas e voltado para o povo, diz:
Bendigamos ao Senhor.
O povo responde: Graças a Deus.
Em seguida, o celebrante faz uma genuflexão diante do altar. Feita, com os ministros, retira-se.