VIGÍLIA DE ADORAÇÃO EUCARISTICA COM MEDITAÇÃO MARIANA


RITOS  INICIAIS 

Reunido  o povo, o presidente  e os ministros  encaminham-se  para o altar  enquanto se executa o CÂNTICO DE ENTRADA. 

Ao  chegar  ao altar, o presidente, feita a devida reverência  juntamente  com os ministros, beija o altar  e, conforme as circunstâncias,  incensa-o.

Presidente e fiéis, todos de pé, fazem o sinal da cruz, enquanto o presidente diz: 

Deus Vinde em nosso Auxílio 

R. Senhor socorrei-nos e Salvai-nos

Aqui, entoam-se alguns cânticos apropriados. 

Após terminar os cânticos, o presidente da Celebração diz:

Oremos. 

E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.

Deus do amor, estás presente no Universo e na mais pequena das tuas criaturas, envolve com a tua ternura tudo o que existe. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. 

R. Amen. 

LITURGIA DA PALAVRA 

Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a PRIMEIRA LEITURA, que todos escutam sentados.

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com os Apóstolos e os anciãos. Os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja, decidiram escolher alguns irmãos e mandá-los a Antioquia com Barnabé e Paulo. Eram Judas, a quem chamavam Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».

Palavra do Senhor.

Todos respondem com a aclamação: 

Graças a Deus.

O salmista canta ou recita o SALMO, ao qual o povo responde com o refrão.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 23.5.6.8 (R. 4)

Refrão: Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra. Repete-se


Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,

resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.

Na terra se conhecerão os vossos caminhos

e entre os povos a vossa salvação. Refrão


Alegrem-se e exultem as nações,

porque julgais os povos com justiça

e governais as nações sobre a terra. Refrão


Os povos Vos louvem, ó Deus,

todos os povos Vos louvem.

Deus nos dê a sua bênção

e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão

Após terminar o salmo, o presidente da Celebração diz:

Oremos. 

E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.

Deus criador, ensina-nos a contemplar-te na beleza do Universo, onde tudo nos fala de ti. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.  

R. Amen. 

Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a SEGUNDA LEITURA, que todos escutam sentados.

Leitura do Livro do Apocalipse

Um Anjo transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro. Na cidade não vi nenhum templo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. A cidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro.

Palavra do Senhor.

O salmista canta ou recita o SALMO, ao qual o povo responde com o refrão.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.67.8-9 (R. 6)

Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta, ergue-Se Deus, o Senhor. Repete-se

Povos todos, batei palmas,

aclamai a Deus com brados de alegria,

porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,

o Rei soberano de toda a terra. Refrão


Deus subiu entre aclamações,

o Senhor subiu ao som da trombeta.

Cantai hinos a Deus, cantai,

cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Refrão


Deus é Rei do universo:

cantai os hinos mais belos.

Deus reina sobre os povos,

Deus está sentado no seu trono sagrado. Refrão

Após terminar o salmo, o presidente da Celebração diz:

Oremos. 

E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos.

Deus do amor, rezamos por todos aqueles que sofrem por causa dos fogos, das enchentes, de terremotos ou de tempestades. Que possam manter a esperança, apesar das dificuldades. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.  

R. Amen.

Segue-se o ALELUIA ou outro cântico. Entretanto, o presidente, se se usa o incenso, impõe incenso no turíbulo. 

Em seguida, o diácono que tiver de proclamar o EVANGELHO, inclinado diante do presidente, pede a bênção em voz baixa, dizendo: 

A vossa bênção. 

O presidente, em voz baixa, diz: 

O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios, para anunciares dignamente o seu Evangelho: Em nome do Pai e do Filho  e do Espírito Santo.

O diácono benze-se e responde: Amen.

A seguir, o diácono ou o sacerdote, dirige-se para o ambão, acompanhado dos acólitos que podem levar o incenso e os círios, e diz:

O Senhor esteja convosco. 

O povo responde:

Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Ao mesmo tempo faz o sinal da cruz sobre o livro e, depois, sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e o mesmo fazem todos os demais. 

R. Glória a Vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».

Palavra da salvação.

O povo responde com a aclamação:

Glória a Vós, Senhor. 

Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio: 

Por este santo Evangelho, perdoai-nos, Senhor. 

EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

 Aqui, enquanto se entoa o Meu Deus eu Creio, o Santíssimo Sacramento é exposto. Estando exposto, de joelhos incensa-se o mesmo. Em seguida, alguém destinado diz:

Jesus Cristo é a Luz dos Homens, luz verdadeira que brilha nas trevas, que ao vir ao mundo todo o homem ilumina. Na luz da sua Morte e Ressurreição, a humanidade envolvida nas trevas da morte e do pecado, encontram o caminho da vida eterna, descobre a verdade do amor que a envolve, saboreia uma vida plena. Iluminados pela luz de Cristo Glorioso, volta a brilhar em nós a esperança de uma nova criação, na qual já estamos inseridos pelo batismo, enquanto caminhamos neste mundo, chamados a erradiar a luz que nos levanta das trevas da nossa fragilidade. Fátima é um acontecimento de luz, onde a fragilidade dos Pastorinhos, iluminada por Deus, se torna luz. Onde a fragilidade dos peregrinos que aqui ocorrem, continua a ser tocada pelo brilho da Misericórdia, da Ternura e do Conforto Divino. Fátima é lugar de luz. Desde a luz do anjo àquela luz tão intensa que Maria, a treze de Maio, comunicou aos Pastorinhos e os penetrou no peito e no mais íntimo da alma, em que eles se viram em si mesmos, em Deus, que era essa luz. Esta luz que nos invoca é o Círio Pascal, luz de Cristo, luz de Deus. Luz que Maria, a Senhora mais brilhante que o sol, erradia e comunica com a qual nos quer iluminar no caminho, que nos liberta das trevas do pecado. Luz que acolhemos no Batismo, nos levantou e nos levanta constantemente das nossas fragilidades, para fazer de nós, homens novos, libertos do pecado, e que continua a crer iluminar através de nós, as Trevas deste Mundo. Luz, simbolicamente que temos conosco, na força e na fragilidade de uma pequena chama, na vela acesa a partir do Círio Pascal. Cantemos. 

Aqui, entoa-se o cântico "Lumen Christi Amen!". Após o cântico, o presidente da celebração diz:

Senhor, que sois o criador da luz, e em Jesus Cristo nos destes a graça de vencer as trevas do pecado, dignai-vos abençoar estas velas + que acendemos em vosso louvor, e por intercessão da Virgem Maria, que aqui se manifestou revestida da vossa Luz, fazei que preserveremos a Fé, até que um dia possamos encontrar-vos com todos os santos no reino dos Céus. Vós que viveis e reinais, por todos os séculos dos séculos. 

R. Amen.

Aqui, inicia-se a Oração a Maria. 

"Cada um de nos é chamado a fazer algo..."

Pensar em Maria é ter presente uma Mãe que se entrega livremente ao plano de Deus sem receio. Todos nós, como batizados, somos chamados a dar testemunho e a evangelizar. Dar testemunho da nossa fé corresponde a não nos determos perante as adversidades, a falta de tempo, a preguiça e até a vergonha. Todos nós somos chamados a dizer o sim de Maria com convicção e em cada ambiente que frequentamos: na família, construindo uma pequena igreja doméstica, na escola, na comunidade, assumindo uma missão específica. De variadas formas podemos ser fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os caminhos. Como tem sido a minha entrega nesta missão? Digo com facilidade: "Sim, aqui estou"? Assumo as tarefas a que sou chamado com disponibilidade e sem desculpas?

Dinâmica: Pensemos agora naquilo a que somos chamados a concretizar e escrevemos numa das pétalas da flor uma das várias vezes em que nos sentimos chamados a fazer algo, que que fomos convidados a dizer "sim" como Maria.

Rezemos por todos os que ainda não encontraram a sua vocação para que se encontrem e consigam ter a coragem de seguir o seu caminho a que Deus os chama

Aqui rezam uma Ave Maria. 

Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:

"Porque não faço aquilo que sei que devo fazer..."

Existem muitas obstáculos que nos impedem de caminhar. Sabemos qual a missão, mas, no momento de darmos o passo, algo nos paralisa. Maria também receou, e na pergunta que faz ao anjo coloca toda a sua dúvida. Quantas vezes na minha vida também me questiono? "Como será isso? Como ultrapassarei esta doença? Como vou passar naquele exame? Como terei tempo para acolher aquele amigo que precisa de mim? O medo e a dúvida paralisam-nos. No mapa da nossa vida, teimamos em não percorrer a estrada que nos conduz ao bem e que nos faz semear o amor. Nesta noite Maria, confio-te os meus receios, hesitações e dúvidas. Sei que Tu sabes quais são.

Dinâmica: Na flor, na pétala seguinte, escrevemos o principal motivo de não nos sentirmos capazes de cumprir com o que somos chamados  a fazer.

Rezemos para que não nos deixemos levar pelo medo e para que consigamos sempre superar os obstáculos.

Aqui rezam uma Ave Maria. 

Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:

"Como Deus nos dá força para continuar..."

Constantemente nos deparamos com este medo de continuar, mas ainda assim não devemos perder a esperança, devemos seguir o exemplo de maria e ter fé. A fé é o fundamento da esperança e uma certeza a respeito do que não se vê. O anjo Gabriel relembra Maria de que quando se entrega a vida a Deus, não há razão para temor, pois para Deus nada é impossível. Ao aperceber-se disto Maria sente-se pronta a aceitar o desafio que lhe é proposto deixando para trás as suas inseguranças e demonstrando uma fé inabalável. Ela compreende que o segredo da vida está para além de nós. Acreditando que não há impossíveis e acreditando que Deus nos protege, ficamos fortes e corajosos, como Maria. Peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a ter fé e a ultrapassar os nossos medos e tudo aquilo que nos impede de seguir pelo caminho que Deus tem para nós.

Dinâmica: Quantas vezes sentiste este empurrão de Deus? Aproveita este momento para pensar em todas as vezes que te sentiste encorajado por Deus (por ação de Deus) e escreve na pétala seguinte a que mais te marcou.

Rezemos para agradecer esta força, a do Espírito Santo, que se faz sempre presente na nossa vida, como na vida de Maria, para que nos ajude a continuar a partir ao encontro.

Aqui rezam uma Ave Maria. 

Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:

"Dizer sim, como Maria"

Maria foi sempre contra a corrente, nunca desanimou, ouviu muitas vezes "não tenhas medo", por parte do Anjo, da sua prima Isabel, de José, e depois do próprio Jesus. No entanto, estas palavras normalmente, estavam acompanhadas por uma promessa de confiança do estilo "porque Eu estou contigo" ou "o Senhor está contigo"! Assim Maria confiou plenamente e deu o seu sim radical a Deus.

Quem ensinaria Jesus a fazer a vontade do Pai? Só poderia ter sido Maria. Maria e José, a humilde família de Nazaré ensinaram tudo a Jesus, inclusive a procurar Deus desde uma sensibilidade particular para descobrir qual era o projeto do Pai. Deus tem um projeto pessoal e intransferível para cada pessoa, que pode a qualquer momento confundir os nossos planos para o futuro.

Dinâmica: Relembra agora os momentos em que, como Maria, disseste sim e escreve na pétala seguinte uma palavra que descreva o que sentiste ao fazê-lo.

Rezemos para que Deus ocupe o primeiro lugar na nossa vida e para que tenhamos força para dar força ao nosso sim.

Aqui rezam uma Ave Maria. 

Após a Ave Maria, faz-se um momento de silêncio. Depois continua refletindo:

"Sermos servos, como Maria..."

Maria, aquela que é "cheia de graça", escolhida para ser a Mãe de Jesus, Nosso Senhor, realiza uma longa viagem para ficar com Isabel e cuidar dela nos últimos dias da sua gravidez. Com este gesto de Maria somos convidados para também nos colocarmos como servos. Ser servo de Deus é uma grande dignidade, por isso Nossa Senhora convida-nos a colocarmo-nos ao serviço do Senhor e dos nossos irmãos. E tal como dizia S. Vicente Paulo: "Nunca se tem Deus como Pai, se não se tem Maria como Mãe".

Dinâmica: Como Maria pomo-nos ao serviço de Deus e da Comunidade. Escreve qual a tua forma de te pores ao serviço e de te entregares como servo.

Rezemos para que sejamos capazes de nos pôr ao serviço do Pai e dos nossos irmãos para que sejamos capazes de ser servos como Maria.

Aqui rezam uma Ave Maria. 

Após a Ave Maria, reza-se 3 Ave Maria:

Rezemos esta primeira Ave-Maria para que não tenhamos medo de dizer sim com confiança. 

Ave-maria

Rezemos esta Ave-Maria para sejamos capazes de aceitar e cumprir com o que somos chamados. 

Ave-maria

Rezemos a última Ave-maria para dar força a todos aqueles que não são capazes de dizer sim para que Maria os guie. 

Ave-maria

Terminado as Ave Maria, o presidente dirige-se diante da Imagem de Fátima colocando-se de joelhos e diz:

Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz. 

Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamonos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. 

Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor! Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrainos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais connosco e conduzisnos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história. Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. 

Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio. Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. 

Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna. Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica: Vós, estrela do mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra; Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação; Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus; Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão; Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear; Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar; Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade; Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo. 

O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada. 

Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. 

Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria. Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. 

Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo. 

Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «sois fonte viva de esperança». 

Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Amen.

Aqui, o presidente incensa a Imagem e mantém-se em silêncio. 

Segue-se com a Salve Rainha:

Salve, Rainha, mãe de misericórdia, 

vida, doçura, esperança nossa, salve! 

A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. 

A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. 

Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. 

E, depois deste desterro, nos mostrai Jesus, 

Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. 

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Amen. 

Aqui, faz-se um momento de silêncio. Após o seu momento, o presidente de pé diz:

Unidos a Cristo, pelo Espírito Santo, em comunhão com toda a Igreja, e em um só coração e numa só alma, ousamos dizer como o Senhor nos ensinou:

Juntamente com o povo, o sacerdote continua: 

Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. 

Aqui, canta-se o "Tantum Ergo Sacramentum" enquanto o presidente incensa o Santíssimo Sacramento. Após terminado o cântico, inicia a Bênção. 

Oremos

E todos, juntamente com o presidente, oram em silêncio durante alguns momentos, a não ser que já antes tenha havido silêncio. 

Faz, Senhor, com que o sacramento pelo qual nos renovas encha o nosso coração com a suavidade do teu amor e nos leve a desejar as riquezas do reino dos céus. Isto Te pedimos por Cristo, nosso Senhor. 

R. Amen

Tendo colocado o Véu Umeral, vai até à frente do Altar, toma sobre as mãos o Santíssimo e faz a bênção. Se for oportuno, a cada 3 cruzes de bênção, um padre incensa. 

REPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO 

Após a bênção, repõe o Santíssimo e é entregue a Partícula a um outro presbitero, com véu Umeral no interior de uma teca. 

O presbitero translade a teca até ao sacrário. 

Enquanto isso, rezam:

Bendito seja Deus.

Bendito o seu Santo Nome.

Bendito Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Bendito o nome de Jesus.

Bendito o seu Sacratíssimo Coração.

Bendito o seu Preciosíssimo sangue.

Bendito Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.

Bendito o Espírito Santo Paráclito.

Bendita Excelsa Mãe de Deus, Maria Santíssima.

Bendita a sua Santa e Imaculada Conceição.

Bendita a sua Gloriosa Assunção.

Bendito o nome de Maria, Virgem e Mãe.

Bendito São José, seu Castíssimo Esposo.

Bendito Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

RITOS DE CONCLUSÃO

Seguem-se, se os houver, breves avisos ao povo. Em seguida faz-se a despedida. O presidente, voltado para o povo, abrindo os braços, diz: 

O Senhor esteja convosco. 

O povo responde: 

Ele está no meio de nós. 

O presidente abençoa o povo, dizendo: 

Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e  Espírito Santo. 

O povo responde: 

Amen.

Em seguida, o diácono ou o próprio presidente, de mãos juntas e voltado para o povo, diz: 

Bendigamos ao Senhor. 

O povo responde: Graças a Deus. 

Em seguida, o presidente beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita a devida reverência com os ministros, retirar-se. 

Postagem Anterior Próxima Postagem